Associação dos Patrulheiros e Guarda Mirim de Hortolândia fortalece a importância da inserção de Pessoas com Deficiência no mercado de trabalho

A data de 21 de setembro é marcada como o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência. Este dia existe com dois grandes propósitos: destacar a importância da luta por direitos iguais e enaltecer as transformações positivas da inclusão. Justamente nesta luta, a Associação dos Patrulheiros e Guarda Mirim de Hortolândia promove a conscientização sobre este tema que é crucial no ambiente de trabalho.

Como um meio de inserir jovens no mercado de trabalho e em uma sociedade que o apoie, o Programa de Aprendizagem (Lei 10.097/2000) cumpre seu papel e, segundo a legislação responsável por essa modalidade, o jovem que tem qualquer tipo de deficiência, tem o direito de concorrer a oportunidades de ser inserido no mundo do trabalho e promover seus talentos.

Atualmente, a entidade já incluiu mais de 15 jovens no programa. Segundo a assistente social da Associação, Ana Cristina, além de todo trabalho social realizado com os jovens e suas famílias, a entidade também foca em apresentá-los às empresas parceiras.

“Ao apresentar o jovem, verificamos como esta empresa pode se adequar e dar todo o suporte que ele precisa. Buscando sempre que possível reduzirmos as barreiras que encontrarão, ” informa  a profissional. Ela ainda menciona que não há limite de idade para a pessoa com deficiência (PCD) ser inserido no mercado de trabalho, no Programa de Aprendizagem.

A Associação possui profissionais qualificados e treinados para orientar cada jovem. No âmbito de pessoas com deficiência não é diferente, educadores respeitam suas limitações e são inseridos em todas as atividades para o desenvolvimento tanto de suas habilidades, como conscientizá-los da sua importância na sociedade.

A psicóloga da Associação, Stela Barbosa, explica como tem sido o trabalho e a proposta com novas empresas parceiras. “Tudo é pensado e bem analisado, ” relata Stela. “É importante salientar que não é a pessoa com deficiência que deve se adaptar à sociedade e ao trabalho, ao contrário, a empresa que deve se adaptar tornando-se inclusiva. A empresa trabalha também com a parte social, é um benefício para a empresa e sociedade receber uma pessoa com deficiência, acolhendo e capacitando ainda mais. Todas as partes ganham, pois dali sairá um profissional que foi estimulado, capacitado e preparado para lidar com as diferenças, ” enfatiza a psicóloga.

FA. A. de M., 24 anos, um dos jovens aprendizes com deficiência contratados pela empresa parceira da Associação, a Refrio, situada em Hortolândia, conta como ter entrado no universo organizacional por meio do Programa de Aprendizado tem ajudado em sua jornada profissional.

“Para mim   significou muito estar nos Patrulheiros. Já desenvolvi principalmente o meu lado comunicativo, consigo interagir melhor com outras pessoas. Estou aprendendo muito trabalhando, ” relata o jovem que trabalha na área de produção da empresa.

Para a mãe, Ignês Aliscantes Machado, o jovem também cresceu em outras áreas, se demonstrando em casa mais espontâneo, seguro e feliz por seu reconhecimento na sociedade. “Queríamos essa base para ele. Através do Programa ele está sendo preparado para o mercado e tem sido um apoio, um alicerce para nós. ”

A inclusão não acontece sozinha, mas é fruto de várias ações coordenadas e dirigidas para o objetivo de valorizar os pontos fortes da pessoa com deficiência (PCD) ao invés de suas limitações. Nesse caminho, de acordo com Kátia Regina de Oliveira, supervisora administrativa e financeira da empresa e parceira Refrio, a contratação de pessoas com deficiência é positiva e destaca a importância da inserção também de jovens no mercado de trabalho. “Para a Refrio foi uma ampliação de visão do mundo que visa uma sociedade mais justa e sem preconceitos,” concluiu Kátia.

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